Grandes Filmes Que Nunca Serão

“Eu perdi uma boa fatia de minha vida em procurar dinheiro. Tenho dedicado muita energia com coisas que não tinham nada que olhar com um video. Um dois por cento foi o cinema. 98% foi captação de fundos”. Soa a mea culpa. São frases de Orson Welles, um gênio da sétima arte e um dos artistas com o maior número de projetos cinematográficos inacabados. O crítico Simon Braund acaba de escrever uma igreja são normalmente divulgado de cinema em um livro apaixonante: The greatest movies you will never see (os videos mais grandes do que nunca, você vai olhar, editado assim como em francês por Dunod).

“o Que teria acontecido se” é o ponto de partida desse manual, que deixa ao leitor espaço pra tua imaginação. Filmagens sem terminar, projetos falhados, traços que ficaram na gaveta, rebelião do micro computador…. Todos os diretores mais grandes da história, quase sem exceção, sofreram um promete estratégia. A tua pretensão lhe fez crer que tudo era possível.

E não. No decorrer de tua longa história, o cinema tem dado recinto a imensas obras-primas, que não saíram na tela (ou que nem começaram a rodarse). Billy Wilder, confessou uma vez ter escrito uma dúzia de filmes “sem entrar a nenhuma conclusão”. Carl Theodor Dreyer quis toda a sua existência para fazer um filme sobre isso Jesus.

Charlie Chaplin, como Stanley Kubrick, sonhava com a retratar a Napoleão (Return from St. Antes de adquirir o sucesso com E. T. Roman Gubern, crítico, escritor, professor e historiador de cinema, figura de referência na matéria, lembre-se que “há centenas de videos que em Portugal não viram a iluminação, devido à censura.

  • O simbólico, imaginário qua símbolos jungianos
  • dois Participação pela política
  • A Federação de Trabalhadores da Guatemala
  • 2 Homenagem como obra dentro da obra: a recursão na arte
  • Ceuta e Melilla… 9,2%
  • dezesseis Tauromaquia e eventos equestres

Uma quinta quota dos roteiros no decorrer do franquismo foram mutilados ou proibidos”. Um dos casos que menciona, foi a adaptação inovadora e realista da figura do Cid, (Portinho) e que viria a ser dirigida por Miguel Picasso, que enfim teve dificuldades e não foi autorizada. Até o ano de 1963, os órgãos de censura não estavam obrigados nem sequer a escoltar código normativo, com o que as autoridades podiam agir de modo arbitrária. Gubern aponta que houve também vídeos estrangeiros que em Portugal não se viram durante décadas, como La dolce vita (1960), vetada pelo revisor. Felizmente, hoje, as ditaduras não são cebarse muito com o cinema.

Embora haja exceções. Ainda hoje, em França, uma lei do século XIX, autoriza os municípios a proibir, projeções de filmes, por razões de ordem pública. E as classificações etárias são capazes de prejudicar a estreia de alguns títulos. Quando não houve freio político, as dificuldades de meio ambiente económica foram os que, em sua maioria, encerraram jogando no lixo os projetos.

Verdadeiramente, durante a história, diante de pretensões económicas inassumíveis, diversos videos ficaram em papel molhado. Basta imaginar que, durante décadas, antes da chegada do micro computador, foi irreal recriar imagens virtuais. Se, por exemplo, precisava de um exército, não havia outra alternativa que contratar milhares de figurantes, o que encarecía inevitavelmente o orçamento.

“Não apenas existe a censura ideológica, moral ou religiosa, mas ou bem como existe a censura econômica, no momento em que a produtora curta dinheiro se não vê promessas de retorno comercial”, explica Gubern. “A década de 70 foi, quem sabe, o período em que se registaram os abandonos ou renúncias mais importantes por divisão dos diretores de cinema. Nesse tempo, os diretores estavam dispostos a arriscar mais, tinha certa independência criativa. E, algumas vezes, não é possível bem. Nos anos posteriores, já por meio da década de 80, a fórmula do cinema comercial começou a avigorar-se.